terça-feira, 16 de setembro de 2008

Farsa.

Sua presença se acarreta em mim.
Forçando a precisar de uma mão para me guiar o caminho.
A sua falta me inibe a seguir sozinho.

Voltando a velhos hábitos
Brincando com antigos vícios.
Confinado por décadas, me sinto preso
Desgastando valiosos sentimentos.

Na face turva da nostalgia
Lá no fundo do meu raciocínio
em lugares aonde o medo, esperança, coragem e verdade
se convergem na imensa bola de neve.
E a única coisa que se vê
são seus olhos puros a brilhar na escuridão.

Sempre, mesmo sem destino
é entre a realidade e a fantasia que estou.
Reerguendo-me, vendo minha fronte sem reflexo ao espelho.
É como em um estado infantil, re-formando a tal da consciência.

Procurei no tempo as respostas
ou ao menos o consolo para as desventuras em série.
Mas sempre que me perco
que me embriago em pensamentos
É a sua face que aparece para consolar
as dores do meu gélido coração.

Paulo Manduca Cortizo Vidal.